Bio
Antoniella Devanier nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 06 de dezembro de 1973. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia e concluiu o mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC- São Paulo. Foi professora do departamento de práticas de formação da PUC/Campinas, da disciplina Criação Literária, em 2003, e ministrou oficinas de Criação Literária, em centros culturais de Campinas, São Paulo e Salvador.
A autora iniciou sua produção literária aos 17 anos, quando publicou os primeiros poemas, na Coletânia “Segredo um Retorno à Vida”, uma homenagem a poeta Mabel Veloso, em 1991. A autora participou da “Coletânea Talento Feminino em Prosa e Verso”, pelo selo editorial REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras), em 2002. É autora do livro “A Revolução do Orvalho”, prosa poética, pela editora Scorttecci, em 2001. Publicou, também, diversos contos, como “Eternos”, “Solidão Solidezinha”, “A meus pés e a teus pés”, em antologias poéticas de vários estados do Brasil, que foram lançados na Bienal Internacional do Livro de São Paulo e na Bienal Internacional do livro do Rio de Janeiro. O conto “Mosaico” foi publicado na Coletânea Internacional Mariposas: Mujeres sin capullos, pela Bianchi editores, Montevideo, em 2002.
O nome de Antoniella Devanier consta no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras de Nelly Novaes Colelho, editora Escrituras. O seu trabalho é reconhecido no exterior, sendo citado no livro “Jornalismo e Literatura: inimigos ou amantes?”, da escritora portuguesa Helena de Souza Freitas. Escreveu o livro de contos intitulado “O Sertão dos Olhos D´água”, resultado de pesquisas sobre o imaginário do sertão, dos personagens das ruas de Feira de Santana, da cultura negra, do cangaço, do papel da mulher na sociedade contemporânea e das diferenças entre a realidade do campo e das cidades. Os contos apresentam uma mistura inusitada entre ficção e realidade. Antoniella Devanier organizou a Coletânea Poética Poe’Vera, em 2014, que reune 16 poetas. A autora recebeu medalha menção honrosa no prêmio Canô Velloso, pelo poema selecionado para o II Congresso sobre o Canto e a Arte de Maria Bethânia, em 2015.
Produção Literária
Femininas
Sombras doces, que escondem vidas
Doces onças, que ferem as grades
Pacatas visões, que encontam ninas
Minhas onças femininas, num harém.
Desferem garras e golpeiam memórias
Ana Cristina Cesar que revive estórias,
Marias que alimentam filhos livres,
Adélia Prado e suas novas glórias.
Aleluias, minhas meninas-tigres
Meio-onças que revivem lidas
Ao lado de seus machos heróis,
Em batalhas ocultas e diárias.
Não olvidem dessas sombras doces
Que acompanham tigres ou outras onças
Apenas, amem a labuta de seus olhos,
São ternas retinas, femininas.
Flores Raras
São raras as flores que chegam
E chocam as pedras ao chão
Num padrão milimétrico,
Geométrico enfim.
Traçado do medo da terra
Sertão que também há em mim.
Mas as flores exalam sorrisos
E gotas de orvalho no chão
As pétalas inovam o caminho
E você, minha flor, se abre
Ao percurso da estação
Esquecemos o sertão
Num eterno minuto.
Mas ele ainda tem sede
Geometrias traçadas em ti
Perco o prumo, deixo-a ir
Mas um pouco do teu cheiro
Está aqui…
Dentro de mim.
Publicações
- Coletânea Poética Poe’Vera, 2014 - poesias;
- Espirais da poesia (Virtual Books), 2014 – poesia;
- Humanus (Virtual Books), 2012 - jornalismo literário/organização;
- A Roda: terra, água, ar e fogo (Virtual Books), 2011 – poesia;
- Olhares (Virtual Books), 2010 – poesia;
- A Revolução do Orvalho, 2001 - poesia e prosa poética;
- E Por falar em Amor, 2001 - contos;
- Palavras de Amor, 2000 - contos;
- Segredo- Retorno à vida; em: Coletânea em homenagem a Mabel Veloso, 1991 – poesia;
- Uma excursão através do Conto: Pequena Antologia Comentada. Parceria com Cyntia Nogueira e Wladimir Cazé, 1996 – antologia.