Sandra Machado

Foto: Ricardo Astral

Bio

Se a vida imita a arte, Sandra Machado imita a vida e a faz também. É poeta do acaso, da pura insistência em permanecer viva. Mentaliza os fatos a todo instante, os feitos, e os momentos. Daí, surge o seu limite imaginário do real, deixando-se livremente ser poeta.

É filha da grande e linda Salva- dor, filha da Chapada do Rio Vermelho, de Clarice e Aloísio. Lá foi criada com mais três irmãos. Seu pai músico sempre os inspirou, assim como vossa mãe a dizer sobre a importância dos estudos. Tinha como preferido um livro didático de literatura que a sua mãe pertencia, gostava de ler e saber dos autores, e as Histórias sobre as coisas do mundo.

Foi aluna de escola pública, e nas primeiras séries estudou no coração da cidade, no “Centro histórico” de Salvador, tendo as suas primeiras impressões de mundo, à partir do caminhar e das observações feitas e guardadas no seu olhar de menina.Estudou no ICEIA, fez teatro e chegou a participar de uma montagem no antigo Teatro ICEIA. Estudou no Colégio Estadual Manoel Devoto. Formou em Magistério no Colégio Estadual Raphael Serravalle. E Mudou-se para Aracaju onde cursou os primeiros semestres de Comunicação, abandonando o curso e retornando para Salvador onde veio a participar de um grupo de teatro amador na Casa do Comércio em 1997, momento em que nasceu sua primeira e única filha, Gabriela, nome dado em homenagem a nosso querido Jorge Amado.

Em 2005, ingressa na Universidade Católica do Salvador, cursando História com Habilitação em Patrimônio Cultural, escolha que mudou ainda mais a sua perspectiva de ver o mundo. O descortinar e a percepção do cotidiano nos lugares de memória inserido no corpo da cidade foi o impulso, o ritmo que foi traçando e aflorando os seus ousados rabiscos, como costuma intitular.

Os seus ousados rabiscos surgem por inteiro, inéditos, inquietos e falantes. Sua poesia tem uma urgência que vem de longe, vem das entranhas não inéditas da inconformidade com as mazelas do mundo, com o Eu, com a vida. Costuma dizer que seus melhores poemas ainda não os escreveu, estão porvir. E que estes são nascentes, nascedouros, destes nasceram outras torrentes viscerais. E que há poesia, há inspiração e dela se alimenta.

Produção Literária

HAIKAI DA SINTONIA

No comum

Seria

Incomum

Um ouvido

Ouvinte.

HAIKAI DA CEGUEIRA

O mesmo

Que aponta.

Não enxerga

A direção

Contrária do dedo.

POETA

Que mal há

Poeta.

Esquecer a poesia.

Perde-se um dia.

Outros tantos.

Trêmula rima,

Desperta!

Me deixa ser poeta.

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